Da Bahia à Filadélfia: entrevistamos Anderson Conceição, o zagueiro brasileiro do Philadelphia Union

Anderson Conceição, zagueiro brasileiro de 26 anos, possui passagens por Mogi Mirim, Resende, Criciúma, Figueirense, Mallorca (ESP), Atlético Goianiense, Bahia, Joinville e América-MG. Nascido em Caravelas, na Bahia, o zagueiro está vivendo uma nova etapa em sua carreira: jogar nos Estados Unidos. 

Contratado pelo Philadelphia Union para a nova temporada da MLS, Anderson nos contou um pouco sobre a sua carreira e o sentimento de ter jogado contra feras dos gramados mundiais. 

Confira a entrevista na íntegra: 



1. Anderson, você é um jogador relativamente novo, mas já com bastante experiência. Qual dos times que você passou que mais você se identificou? E por quê?

 
Anderson: Guardo boas lembranças dos times que passei. Ganhei e perdi, mas sempre procurei ser um bom profissional. Tenho carinho por todos e fiz grandes amigos. É difícil escolher um time só.
 

2. Dos jogadores que você já enfrentou, qual deles você considerou mais difícil de marcar?

 
Anderson: Já tive o privilégio de jogar contra os 3 melhores do mundo. Com certeza não é uma tarefa fácil para qualquer zagueiro. Entretanto, Messi é espetacular. 
 

3. Obviamente que quando se tem jogadores de alto nível jogando contra, como Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, sempre se tem um "cuidado especial", mas comparando as duas situações, a motivação para marcar um jogador de alto nível e marcar um jogador menos habilidoso é a mesma? Como fazer pra não perder o foco na hora de marcar?

 
Anderson: Tenho que estar muito concentrado sempre. Seja jogando contra o melhor do mundo ou não. Na posição que eu jogo não se pode vacilar, por isso não podemos dar bobeira e sempre o zagueiro precisa jogar sério.
 

4. Como você se sente ao ver milhares de pessoas nas arquibancadas e sabendo que sua posição é considerada uma de mais "risco" dentre as posições? Não tem medo, ou insegurança de errar?

 
Anderson: No começo da carreira tem aquela sensação de nervosismo de jogar no estádio lotado, pois é tudo muito novo. Porém, agora, já me acostumei e procuro entrar em campo focado apenas no jogo.
 

5. Como está sendo a sua adaptação nos Estados Unidos? O idioma está sendo um "problema" ou você já o dominava antes?

 
Anderson: Está sendo muito boa. Estou me adaptando a tudo muito bem. Tinha uma noção do inglês sim, mas no dia-a-dia você aprende mais coisas.


 

6. O que você espera dessa sua primeira experiência no futebol americano? Há alguma expectativa em marcar nomes como Drogba, Pirlo e Lampard?

 
Anderson: Pretendo ajudar a equipe a conquistar a classificação para os playoffs. Desejo fazer uma boa temporada e será bacana jogar contra essas lendas do futebol. Estou preparado e motivado.
 

7. Há um grande abismo na organização do futebol americano e do nosso?

 
Anderson: Os americanos são muito organizados e principalmente ambiciosos. Eles querem ser os melhores do mundo daqui a sete anos. Existe um projeto e eu acredito que isso vai ser possível.
 

8. Você poderia nos contar um pouco mais sobre a sua passagem pelo Mallorca? Houve um sentimento especial em jogar na considerada "liga das estrelas"?

 
Anderson: Sem dúvida. Aprendi muita coisa jogando na Liga BBVA. É emocionante você entrar em campo ao lado de grandes estrelas do futebol mundial. Certamente é um sonho realizado de um garoto humilde que pôde chegar e jogar com os melhores do mundo. Me considero um vencedor.
 

9. Há alguma consideração final que você gostaria de fazer?

 
Anderson: Pedir aos fãs de futebol que acompanhe a MLS, que vai ser muito bacana. É um campeonato que está crescendo cada vez mais. Fica um abraço e o meu muito obrigado a todos vocês.


 

Ricardo Gomes RBR Investment Fund
Ricardo Gomes RBR Investment Fund

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